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Fernando Aires de Medeiros Sousa

Fernado Aires de Medeiros SousaFaleceu a 9 de Novembro de 2010 no Hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, aos 82 anos de idade, Fernando Aires de Medeiros Sousa, ilustre escritor, professor e intelectual açoriano.

Nasceu a 18 de Fevereiro de 1929 na freguesia de São José, no concelho de Ponta Delgada. Frequentou o Liceu Nacional de Ponta Delgada entre 1940 e 1947, onde completou o Curso Complementar de Letras. Em 1946, fundou, juntamente com colegas do Liceu, o Círculo Literário Antero de Quental, também chamado de “Grupo Jade”, organização que se empenhou em promover a revolução dos costumes literários de Ponta Delgada e na difusão do movimento modernista nos Açores. Em 1958, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Fez estágio de pedagogia na escola Rodrigues de Freitas, no Porto, entre 1963 e 1965, para se qualificar como docente no ensino secundário.

Regressou a São Miguel e tornou-se professor efectivo no Liceu Antero de Quental, no qual leccionou durante 14 anos e onde orientou estágios pedagógicos entre 1979 e 1981. Leccionou também na Escola do Magistério Primário de Ponta Delgada a cadeira de Psicopedagogia. Em 1976 com a criação do Instituto Universitário dos Açores (posteriormente, Universidade dos Açores) foi levado pelo Reitor, Professor José Enes, a lecionar naquela instituição a disciplina de História como Assistente-Convidado, onde ficou por quase duas décadas, até 1995 quando se jubilou.

Na sua obra destacam-se os títulos “Histórias do Entardecer” e “Memórias da Cidade Cercada” e os ensaios sobre algumas das principais figuras da cultura açoriana, como Antero de Quental, José do Canto ou Alice Moderno. A sua produção literária foi amplamente reconhecida regionalmente, tendo ganho o concurso literário dos Açores em 1988. Para além disso, integrou a direcção do Instituto Cultural de Ponta Delgada desde 1978 até 1989, foi representado na Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa, onde colaborava desde 1993, e foi também um colaborador assíduo da imprensa local e regional, bem como de revistas conhecidas regionalmente como a revista Atlântica e Nova Renascença.

O seu funeral realizou-se no dia 10 de Dezembro, após missa de corpo presente, às 10 horas, na Capela da Clínica do Bom Jesus, seguindo para o cemitério de São Joaquim.